A chuva cai, dança na terra,
beijando o chão com emoção.
Cada gota é um verso livre,
desenhando arte no chão.
Os campos bebem essa festa,
a relva brilha de satisfação.
O sapo canta, o riacho cresce,
a vida pulsa sem hesitação.
As nuvens dançam no céu cinzento,
despejando risos sobre o chão.
Felicidade é ver a terra
abraçando a chuva com gratidão.
Os pássaros, livres, se escondem rindo,
esperando o sol voltar a brilhar.
E quando as gotas param sua dança,
o arco-íris vem anunciar.
No cheiro doce da terra molhada,
a alegria se faz sentir.
Pois tudo nela se renova,
sabendo que a chuva há de vir. Boa noite.
As colinas, verdes e largas,
sorriem ao sol sem hesitar.
Os ventos correm sobre suas costas,
num afago a lhes tocar.
Ovelhas pastam sem pressa alguma,
saboreando a paz do chão.
O cachorro vigia com olhos ternos,
sempre atento à imensidão.
O trigo dança na brisa leve,
balançando em ondas de cor.
Felicidade mora no campo,
onde a vida é feita de amor.
No alto, os cedros observam tudo,
com suas sombras a refrescar.
O tempo passa, o dia finda,
mas a alegria ali vai ficar.
E quando a noite abraça as colinas,
pintando tudo de azul e luz,
elas dormem sob as estrelas,
sem medo algum do que vem depois. Boa noite.
O dia nasce sem pedir licença,
derrama ouro pelo chão.
O céu se veste de azul e fogo,
num espetáculo sem explicação.
Os galos anunciam a festa,
as vacas despertam devagar.
Cada folha brilha de orvalho,
respirando fundo ao despertar.
O riacho murmura sua música,
deslizando calmo sem parar.
Os peixes nadam em sua dança,
como notas a se espalhar.
A borboleta abre suas asas,
trazendo cor ao campo florido.
O aroma doce das laranjeiras
enche o ar já aquecido.
E quando a manhã se abre inteira,
com seu calor a reluzir,
a felicidade veste o tempo,
pois sabe que há muito por vir. Boa noite.
Nos campos vastos e infinitos,
onde o verde se estende ao olhar,
a vida canta entre os trilhos,
num doce ritmo a pulsar.
O grilo salta sem destino,
seu canto ecoa sem parar.
Os vaga-lumes piscam luzes,
como estrelas a piscar.
O girassol ergue seu rosto,
abraçando o sol sem temer.
Sabe que a alegria simples
é só querer permanecer.
As nuvens correm sobre as colinas,
brincam livres no céu azul.
O vento leva seu riso leve,
balançando flores em um sussurro sutil.
E quando a tarde pinta o campo
com seu dourado a reluzir,
a felicidade repousa mansa,
sabendo que sempre há de existir. Boa noite.
As montanhas erguidas, imponentes,
parecem sorrir para o céu.
Firmes, guardam em seus vales
rios que correm sem papel.
O sol as toca suavemente,
desenhando sombras no chão.
O vento canta entre as pedras,
trazendo ecos em canção.
Os veados saltam entre as rochas,
ágeis, donos do lugar.
Sabem que a felicidade mora
onde há espaço pra voar.
Os pinheiros sussurram segredos,
balançam ao som da brisa leve.
Montanhas guardam, firmes e serenas,
o tempo que sempre se escreve.
E quando a lua se deita nelas,
pintando pratas pelo ar,
as montanhas sorriem em silêncio,
pois sabem que o dia vai voltar. Boa noite.
No encontro do céu com a terra,
onde o olhar pode se perder,
mora um mundo de cores vivas,
que sempre voltam a renascer.
O campo se junta ao mar distante,
o vento sopra sem direção.
As ondas falam com a areia,
num diálogo sem fim, sem razão.
As garças riscam brancas nuvens,
desenhando no azul do céu.
O horizonte segue infinito,
um quadro vivo, um carrossel.
O tempo ali não se apressa,
pois sabe que há muito a ver.
A alegria dança na linha tênue,
onde tudo pode acontecer.
E quando a noite traz seu manto,
pintando estrelas sem medir,
o horizonte sorri tranquilo,
esperando o sol ressurgir. Boa noite.