No alto da montanha, o pinheiro canta,
Sua melodia é uma brisa que encanta.
Ele sabe que o segredo não é viver,
Mas ser parte do todo, sem temer.
O cedro com seu tronco forte e erguido,
Na quietude, segue com o tempo fluído.
Suas folhas são como pequenas penas,
Que tocam o vento e trazem cenas.
O trono verde é onde o silêncio mora,
Onde o tempo é eterno e nunca devora.
Cada árvore é um verso que cresce,
E na montanha, seu espírito permanece. Boa noite.
No coração da terra, a flor germina,
Com raízes profundas que a disciplina.
Cada pétala, uma promessa de beleza,
Cada cor, uma nova natureza.
O lírio nasce sem se importar com o amanhã,
Sua pureza é sua própria grana.
A lavanda cresce no campo aberto,
Com um perfume que guarda o deserto.
Mas, no fundo, a flor é feita de silêncio,
Seu crescer é o eco do tempo denso.
Ela não deseja nada, nem sequer atenção,
Apenas vive, com amor e compaixão. Boa noite.
A sombra da árvore se estende longa,
E no seu silêncio, a tarde se alonga.
Os pássaros voam por cima do chão,
Mas a árvore mantém sua calma, sua razão.
Com seus galhos, ela cobre o solo quente,
Fazendo da luz uma dança ausente.
E cada folha, com sua sombra projetada,
Conta a história de uma vida encantada.
A sombra não exige um destino,
Ela apenas segue, com passo divino.
É como o vento que nunca se vê,
Mas sabe onde está, e pra onde vai, com você. Boa noite.
A primavera se despede com suavidade,
Deixando no ar a mais pura verdade.
As flores se fecham com um último aceno,
E o campo se prepara para o inverno ameno.
As margaridas, antes brancas e brilhantes,
Agora se escondem em gestos distantes.
O perfume das flores se vai aos poucos,
Mas no campo, ficam os ecos loucos.
A primavera, com seu calor leve,
Despedindo-se, mas deixando a chave
Do renascimento, que sempre volta,
Quando a natureza, no silêncio, revolta. Boa noite.
As folhas tremem na luz suave da manhã,
Cada uma refletindo um brilho que se irmana.
O verde profundo se mistura com o ouro,
Enquanto o vento sussurra, sem nenhum estoro.
O carvalho se estende, imponente e sério,
Mas nas folhas, ele guarda um mistério.
Elas dançam suavemente, sem pressa de cair,
Pois sabem que o tempo não pode as consumir.
A cada novo amanhecer, um ciclo se reinicia,
E a luz que entra pela janela traz harmonia.
As folhas, com sua beleza simples e imensa,
São como a vida: em constante presença. Boa noite.
Na floresta onde o tempo se perde,
Cada árvore, uma história que se estende.
O musgo cobre o chão com seu manto verde,
E as raízes entrelaçam-se, como quem se perde.
O som das folhas ao vento é um poema sussurrado,
E o cheiro da terra fresca é um perfume amado.
As árvores, com sua sabedoria antiga,
Guardam segredos que o tempo abriga.
No coração da floresta, o silêncio é profundo,
E o eco da natureza preenche o mundo.
Cada árvore, com suas folhas e flores,
Desperta a alma para novos amores. Boa noite.
A flor da tarde desabrocha lenta,
Com a luz que o sol para sempre acenta.
Suas pétalas, tingidas de laranja e rosa,
Exalam um perfume de beleza imosa.
O campo parece mais vivo quando ela surge,
Com cada folha que na brisa se urge.
A flor não pede aplausos nem despedidas,
Ela simplesmente vive suas últimas vidas.
Ao cair da noite, ela se fecha em segredo,
Como quem guarda a paz de um amor sem medo.
E ao amanhecer, ela recomeça sua dança,
Na esperança de um novo dia, com nova lança. Boa noite.