No alto da montanha, onde o vento dança,
O silêncio é rei, e a alma descansa.
Pedras guardam histórias de eras passadas,
E o céu abraça as nuvens aladas.
O riacho murmura segredos profundos,
Carregando a essência dos corações do mundo.
As árvores sussurram, com folhas em prece,
Um ciclo eterno que nunca se esquece.
Aqui, o tempo não tem correntes,
E os sonhos caminham, leves, fluentes.
O silêncio ecoa mais forte que o grito. Boa noite
Na montanha, tudo é puro e infinito.
Nas ondas que beijam a areia dourada,
O oceano canta, voz encantada.
Mistério profundo em azul infinito,
Um mundo submerso, calmo e aflito.
As gaivotas voam, vozes no ar,
Mensageiras do vento, do tempo, do mar.
O sal que aquece e queima a pele,
Traz memórias de viagens na mente leve.
E a cada maré, o ciclo recomeça,
Uma dança eterna que nunca regressa.
O oceano respira, o mundo desliza. Boa noite
Entre flores que brotam em solo esquecido,
O tempo repousa, sereno, contido.
Cada pétala guarda um instante perdido,
Cada folha um segredo jamais desmedido.
O aroma das eras paira no ar,
Histórias antigas começam a falar.
O vento sussurra, suave, envolvente,
Trazendo lições de um mundo ausente.
No jardim do tempo, passado e presente,
Se encontram num gesto doce e eloquente,
E ali, ao olhar a flor que renasce. Boa noite
A certeza é clara: o eterno é fugace.
Quando o silêncio aperta o peito,
E o vazio parece tão imperfeito,
A alma busca, num toque distante,
Um abraço que torne o instante constante.
Não há palavras que preencham o espaço,
Nem gestos que suprimam o cansaço.
Mas o vazio, por vezes, é amigo,
Um espelho que mostra o que há contigo.
Abraçá-lo, então, é ato de coragem,
Uma viagem íntima, sem miragem. Boa noite.
E no fim, quando o peito enfim se abrir,
O vazio será plenitude a surgir.
A cidade desperta em luzes brilhantes,
Histórias de vidas, momentos pulsantes.
O ruído constante é canção sem rima,
Um eco de passos que ao céu se intima.
Os prédios vigiam, imensos e frios,
Mas guardam calor de milhões de desvios.
Cada janela uma história contida,
De amores, de lutas, de buscas na vida.
E ao cair da noite, o brilho aumenta,
Como se a cidade jamais se ausenta. Boa noite..
Sob o manto escuro, um mundo reluz,
Nas luzes que acendem a alma que seduz.
As folhas caem, douradas no chão,
Um tapete de memórias, silêncio e canção.
O outono despede-se em ventos sutis,
Abraçando a terra em tons gentis.
Cada folha que dança ao sabor do vento,
Carrega a história de um breve momento.
São risos, são lágrimas, um sopro de vida,
Que agora repousa em terra esquecida. Boa noite.
E quando o frio chega, em passos ligeiros,
O último outono é um adeus verdadeiro.
Mas na promessa do ciclo que nunca finda,
A certeza renasce: a vida é bem-vinda.
o vento canta nas cordas do mundo,
Um som etéreo, suave e profundo.
Corre livre pelos campos e mares,
Levando consigo memórias aos lares.
Sopra as árvores, acaricia o trigo,
Sussurra segredos ao amigo antigo.
Na noite fria, é melodia de ninar,
No calor do dia, um toque a refrescar.
Mas o vento é errante, jamais fica,
Como a vida, que escapa, rápida e rica. Boa noite.
E em sua canção, ouvimos um aviso:
Viva o presente, pois o tempo é preciso.
Chove na terra, gotas de emoção,
Lágrimas do céu, em doce oração.
A terra agradece, com sede de vida,
A chuva é um beijo, a promessa cumprida.
Cada gota que cai tem história e destino,
Desenha caminhos no solo franzino.
Cai sobre a flor, sobre o homem que chora,
Lava as dores de ontem e rega o agora.
E quando cessa, o arco surge,
Um sorriso do céu que a paz urge.
A lágrima do céu não é só tristeza,
É também renascimento e beleza. Boa noite.