Há algo divino no voo do pássaro,
Um traço de coragem que não se explica,
O ar é seu chão, o horizonte, sua casa,
E a liberdade, seu destino que nunca se limita.
Cada bater de asas é uma escolha,
Um ir e vir que desafia os ventos,
Sem mapa, sem âncoras, sem prisões,
Apenas confiança em seus movimentos.
Há sabedoria em seguir adiante,
Mesmo quando o céu parece fechado,
Pois quem confia nas asas que tem
Encontra sempre um caminho iluminado.
E assim nos ensinam os pássaros livres,
A erguer os olhos, a deixar o peso,
A vida é leve para quem acredita
E segue voando com fé e desejo. Boa noite.
Os pássaros não cantam para agradar,
Mas porque o canto é sua essência,
E assim enchem o ar com melodia,
Transformando o comum em experiência.
Cada nota é um sussurro do universo,
Um lembrete de que a beleza persiste,
Mesmo nos dias cinzentos e frios,
Há um som que prova que a esperança existe.
Eles não guardam suas canções para si,
O céu é sua partitura infinita,
E com simplicidade nos ensinam:
A alegria compartilhada é sempre bendita.
Seja como o pássaro que canta sem medo,
Que espalha leveza sem medir razão,
Pois a vida, quando vivida com entrega,
É uma eterna e doce composição. Boa noite.
Não há linha que delimite o voo,
O céu é inteiro para quem o desafia,
E os pássaros sabem, sem dúvida alguma,
Que o voo é feito de coragem e alegria.
Eles não esperam que o vento mude,
Simplesmente se ajustam ao que ele traz,
Pois sabem que a vida é feita de ciclos,
De altos, de baixos, mas sempre de paz.
Há uma lição em cada curva traçada,
Em cada rasante, em cada subida,
Que a jornada é o que mais importa,
E não a pressa de chegar na vida.
Observemos, então, as asas abertas,
E lembremos: o que nos move é interno,
Como o pássaro, sejamos guiados
Pelo desejo de um voo eterno. Boa noite.
No cheiro do pão que aquece a manhã,
Na água corrente que lava o rosto,
O dia começa de forma tão simples,
E, ainda assim, carrega tanto gosto.
Há algo no vento que balança as folhas,
Algo no som do portão ao abrir,
Tudo parece contar uma história,
Das coisas comuns que fazem a vida existir.
O caminho repetido não perde valor,
A rotina que segue tem seu lugar,
Pois é no comum que a vida floresce,
E cada detalhe tem muito a ensinar. Boa noite.
Há beleza no que é simples e claro,
Na mesa posta, no pão repartido,
No trabalho das mãos que constroem o dia,
No rosto marcado pelo tempo vivido.
O sol que atravessa a janela da sala,
A poeira que dança na luz discreta,
Tudo é real, nada é ilusão,
A vida é feita de cenas concretas.
Não há enigma nos passos diários,
A rotina é o que sustenta a jornada,
E quem aprende a ver com atenção
Encontra sentido em cada parada. Boa noite.
Os passos apressados na calçada,
O som distante do apito do trem,
O dia se move sem grandes mistérios,
Mas guarda histórias de quem vive bem.
O vizinho que cumprimenta na esquina,
O mercado com prateleiras cheias,
São peças que constroem o cenário,
Onde cada pessoa tem suas teias.
Não é preciso buscar o extraordinário,
Basta olhar para o que está à mão,
A vida acontece no meio do simples,
No cotidiano que pulsa com precisão. Boa noite.
O barulho do portão que se fecha,
Os passos firmes de quem vai trabalhar,
A rua é palco de um ritmo constante,
Onde cada vida tem seu lugar.
As bicicletas cruzam o asfalto quente,
O ônibus passa com sua pressa costumeira,
Tudo acontece sem grande alarde,
E, ainda assim, a vida inteira é verdadeira.
Os rostos mostram histórias guardadas,
Nas rugas, sorrisos ou olhares perdidos,
Cada detalhe compõe o mosaico,
De um mundo real, de momentos vividos. Boa noite.