Sob o oceano, as cores vibram,
Um caleidoscópio de formas e texturas.
Peixes-palhaço deslizam entre anêmonas,
Refugiando-se nas danças suaves de seus tentáculos.
Estrelas-do-mar repousam, imóveis,
Enquanto ouriços vigiam suas sombras.
Os cardumes nadam como uma única entidade,
Movidos por um instinto que nunca erra.
A tartaruga segue, lenta e majestosa,
Cruzando paisagens de azul profundo.
Entre os corais, os cavalos-marinhos flutuam,
Como peças delicadas de um universo submerso.
O recife é um coração pulsante,
Onde cada ser tem sua parte no todo.
É um mundo sem palavras,
Mas repleto de ação e significado. Boa noite.
Abaixo dos picos cobertos de neve,
A grama cresce entre pedras irregulares.
Cabritos escalam com habilidade inata,
Traçando caminhos que desafiam o olhar humano.
Os ventos passam, movendo os arbustos,
Levando sementes para destinos incertos.
Águias desenham círculos no céu,
Atentas a cada detalhe da terra.
Entre as fendas, as flores se abrem,
Pequenas, mas resistentes ao frio.
O urso, em sua caminhada solitária,
Busca sustento no espaço que conhece tão bem.
A montanha guarda uma vida discreta,
Onde a força e a delicadeza convivem.
Cada ser ali é parte de um equilíbrio,
Imposto não por escolhas,
Mas pela necessidade de viver. Boa noite.
A vastidão do campo é pontuada por vida:
Espigas de milho crescem,
Movendo-se ao ritmo do vento.
Espantalhos guardam os grãos,
Não por intenção, mas por posição.
Pardais voam baixo,
Seu canto é parte do dia.
A lebre, com passos rápidos,
Cruza a planície sem aviso.
Mais ao longe, o cavalo galopa,
Suas crinas seguindo o movimento do ar.
O homem lavra a terra com mãos calejadas,
Conectado ao ciclo que nunca para.
No campo, tudo é simples e pleno,
Uma harmonia que não precisa de explicação.
A vida cresce, transforma e alimenta,
E o horizonte observa em silêncio. Boa noite.
Raízes saltam da lama densa,
Formando um labirinto para quem ousa passar.
O caranguejo vermelho, pequeno e veloz,
Desenha rastros que o tempo apaga.
Garças caminham entre águas rasas,
Seus bicos mergulhando com precisão.
Peixes-boi movem-se devagar,
Guiados por águas que os abraçam.
O manguezal guarda segredos antigos,
Cada canto uma vida discreta.
Nada ali é vasto ou grandioso,
Mas tudo importa para quem observa.
Entre raízes, folhas e água,
O mangue é berço de equilíbrio.
Uma rede viva de conexões,
Que respira em seu próprio ritmo. Boa noite.
Nas terras planas, o capim dourado se espalha,
Ondulando ao toque do vento ligeiro.
Manadas de antílopes correm em uníssono,
Seus corpos leves cruzam o horizonte aberto.
Ao longe, uma árvore solitária cresce,
Abrigo de aves e descanso para a vida que passa.
Os rinocerontes pisam firme no solo seco,
Cada passo ecoa a força que carregam.
Insetos zumbem ao redor das flores silvestres,
Construindo seu mundo entre pétalas e pólen.
Na planície, nada compete,
Apenas segue, cada ser em seu espaço.
O céu é testemunha dessa ordem natural,
Onde o simples é suficiente,
E a existência se desenrola sem esforços. Boa noite.
Sob o sol que tudo aquece,
A areia molda o solo em ondulações.
O camelo avança, silencioso e forte,
Guiado por um instinto que desafia a sede.
Cactos erguem-se como guardiões imóveis,
Seus espinhos são suas vozes,
Dizendo: “Aqui, a sobrevivência é a lei.”
Lagartos correm de sombra em sombra,
Movimentos rápidos entre a imensidão.
Na noite fria, escorpiões despertam,
Seus passos pequenos deixam marcas efêmeras.
A coruja observa, imóvel no alto,
O deserto é vivo, mesmo quando parece calado.
Ali, a resistência é um ato diário,
E a beleza está nos detalhes.
Cada grão de areia, cada ser que se move,
É parte de um cenário que nunca se apaga. Boa noite.