No nascer do sol, na areia molhada,
A tartaruga pequena inicia a jornada.
Seu casco brilha sob a luz do dia,
Enquanto luta contra ondas com valentia.
Ela avança devagar, passo por passo,
E encontra no mar seu primeiro abraço.
No oceano, onde a vida se esconde,
Ela cresce, vagueia, e ao longe responde.
Décadas se passam, ela volta ao lugar,
Para na mesma areia, seus ovos deixar.
O ciclo se fecha, a vida perdura,
A tartaruga é resistência, na forma mais pura.
Mas redes, plásticos e óleo no mar,
Tornam seu destino mais difícil de alcançar.
Cabe ao homem cuidar desse chão,
Para que a tartaruga mantenha sua missão. Boa noite.
O beija-flor visita as flores em fila,
Suas asas vibram, a velocidade é tranquila.
De flor em flor, ele busca o néctar,
Um trabalho minucioso, mas sempre certo.
Suas cores refletem ao toque do sol,
Verde, azul, dourado, um verdadeiro farol.
Seu voo é ágil, preciso e pequeno,
Um mestre do ar, discreto e sereno.
No jardim, ele espalha o pólen sutil,
Levando a vida a cada cantinho do Brasil.
A flor depende de seu movimento,
E o ciclo se renova a todo momento.
Quando as flores murcham e ele se vai,
O jardim sente falta do amigo que sai.
Cuidar das plantas, do verde a crescer,
É garantir que o beija-flor possa sempre viver. Boa noite.
As nuvens se formam no céu do sertão,
Trazem promessas à terra e ao chão.
O gado espera, o agricultor também,
O cheiro de terra anuncia o além.
A primeira gota toca a poeira,
E o campo se enche de vida inteira.
As sementes que dormem sob a camada,
Rompem o solo na terra encharcada.
O riacho se enche, a barragem transborda,
E o som da água é música que acorda.
Os pássaros voltam, o verde se expande,
A chuva é o presente que tudo comande.
Mas quando cessa e o solo endurece,
O ciclo recomeça, e a seca acontece.
A água é riqueza que não pode faltar,
E o cuidado com ela é o que vai nos salvar. Boa noite.
Nas águas calmas do vasto Pantanal,
O jacaré se esconde, um predador letal.
Imóvel, vigia o ambiente ao redor,
Esperando o momento de mostrar seu vigor.
Seus olhos atentos, acima do rio,
São como lanternas no ambiente sombrio.
Com um salto preciso, ele captura,
A presa desatenta que a margem procura.
Mas o jacaré também é paciente,
Sabe que a fartura depende do ambiente.
Os peixes no rio, as aves no céu,
São parte de um ciclo que nunca é cruel.
O homem precisa entender essa lição,
Proteger o Pantanal é a única opção.
Pois o jacaré é símbolo desse lugar,
Um guardião da natureza a preservar. Boa noite.
No alto da árvore, em ritmo sereno,
O bicho-preguiça vive sem veneno.
Seus movimentos são lentos, precisos,
Um mestre da calma em seus paraísos.
Ele desliza entre galhos com maestria,
De folhas e flores compõe sua energia.
Na copa das árvores encontra o abrigo,
Onde o perigo é apenas um leve ruído.
A preguiça ensina, em sua simplicidade,
Que viver devagar é uma grande verdade.
O mundo pode esperar, não há pressa,
Cada dia é uma dádiva que se confessa.
Preservar as florestas, seu único lar,
É garantir que o bicho-preguiça possa ficar.
Ele é parte do equilíbrio que não se vê,
Um símbolo de paz em cada ipê. Boa noite.
Nas montanhas cobertas por neve e pinhal,
O urso-pardo vagueia, imenso e vital.
Seu pelo espesso o protege do frio,
Enquanto explora cada canto do trilho.
Com patas enormes, deixa marcas no chão,
Enquanto busca comida para a estação.
Frutas, peixes, raízes, ele consome,
Preparando seu corpo para o outono que some.
Quando o inverno chega e tudo adormece,
O urso se esconde, em silêncio padece.
Em sua caverna, encontra a calmaria,
Esperando o renascer de um novo dia.
As montanhas precisam desse gigante,
Que mantém o ciclo sempre constante.
Proteger as geleiras, os rios, o chão,
É preservar o urso e sua função. Boa noite.